Criptomoedas têm alta após notícias de fragilidade financeira em bancos tradicionais
Após uma queda superior a 50% em 2022, o bitcoin e outras criptomoedas importantes retomam a trajetória de alta no mercado de criptoativos. A crise dos bancos nos Estados Unidos e na Europa favorece o crescimento dos criptoativos no mercado financeiro.
Se você estava triste com a queda das criptomoedas, talvez em breve você volte a pensar em investir e pagar com bitcoin tudo o que você consome. Neste artigo, vamos mostrar como a crise ou a alta dos bancos pelo mundo podem afetar a oscilação dos criptoativos, principalmente de grandes projetos, como o bitcoin.
Crises bancárias são recorrentes e afetam modelo tradicional de economia
As crises bancárias não são uma novidade no mundo. Após a falência do Silicon Valley Bank e do Silvergate, além de outros bancos menores dos Estados Unidos, o mercado voltou a questionar a atuação das instituições financeiras tradicionais. Outro banco tradicional que passa por um momento de instabilidade é o Credit Suisse, que sofreu forte queda em suas ações nas últimas semanas após indícios de fragilidade contábil.
Ainda que haja uma grande confiança no sistema bancário tradicional, a crise em instituições financeiras não é uma novidade. Se acompanharmos a história, podemos notar momentos de grande instabilidade de bancos, como a queda da bolsa de Nova em York em 1929, período conhecido como a grande depressão, e a crise dos subprimes nos Estados Unidos em 2008, que também levou bancos importantes à falência.
O resultado das crises financeiras é a necessidade de resgate pelo governo e pelas grandes instituições internacionais. Nesses períodos, há um momento de baixa na confiança no sistema bancário, abrindo espaço para alternativas como o mercado de criptoativos. São nos momentos de crise, portanto, que os investidores buscam novas oportunidades para proteger o seu patrimônio.
Criptomoedas registram alta após notícias de crise em bancos tradicionais
Após a crise financeira em bancos tradicionais, o bitcoin saiu da baixa e obteve sua maior alta nos últimos nove meses. O bitcoin teve um crescimento de 40% uma semana após o movimento dos governos para resgatar bancos tradicionais à beira da falência e sob forte desconfiança do mercado.
A falência e a instabilidade de bancos importantes levou a uma redução nas taxas de juros, diminuindo a rentabilidade dos investimentos, o que afeta a credibilidade do sistema bancário tradicional. Com isso, há uma forte tendência de maior investimento no mercado de criptomoedas, e isso pode fazer com que ativos como o bitcoin tenham um período de alta ao longo de 2023.
Como falamos no tópico acima, em momentos de crise no sistema bancário tradicional, investidores buscam novas alternativas para proteger o seu patrimônio. Com o crescimento do mercado de criptomoedas nos últimos anos, os ativos digitais aparecem como opções para investimento de boa rentabilidade, sem regulamentação e com baixo potencial de fraude.
Uma das características principais do universo das criptomoedas é a descentralização. Os projetos não sofrem controle de governos ou instituições financeiras tradicionais, sendo operados por uma rede pública que registra operações com base na aprovação dos próprios usuários, o blockchain. Com isso, criptomoedas como o bitcoin não ficam expostas à inflação, não tendo também relação direta com outros ativos do mercado, como ações e títulos de renda fixa.
A ascensão do mercado de criptoativos abre novas possibilidades para o futuro do mercado financeiro. Como alternativa ao sistema tradicional, as criptomoedas se mostram uma opção viável para investidores, mesmo com as características de forte oscilação.
Ainda que a falta de regulamentação gere uma certa falta de credibilidade, as criptomoedas podem atrair muitos investidores, principalmente em estratégias de diversificação de investimentos no mercado financeiro. Com a crise bancária, que deve se arrastar pelos próximos meses, a tendência de alta deve seguir no mundo das criptomoedas.